Tip of the tongue ?

Quantas vezes nos deparamos com a necessidade de falar determinada palavra que não “lembramos” e temos aquela sensação de que ela está na ponta da língua? Algumas vezes, sabemos até os fonemas iniciais ou as primeiras letras; geralmente, nos vêm à mente outras palavras (que às vezes chegamos a produzir em voz alta) e até mesmo sensações vagas, mas certamente relacionadas de alguma forma à palavra desejada. Recorremos à lembrança de rostos, situações, estórias, na tentativa de trazê-la à tona. Temos a percepção de saber a palavra, de “saber que se sabe”, mas não conseguimos evocá-la no momento adequado. Apesar de parecer algo muito intuitivo, este fenômeno tem sido alvo de pesquisas no campo da neuropsicologia e da neurolinguística, pois sua descrição e análise podem ajudar a compreender aspectos relevantes do funcionamento semântico-lexical.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

“A existência do esquecimento nunca foi provada; apenas sabemos que alguma coisa não vem a mente quando queremos”.

Agora durma com uma dessas... Encontrei essa frase em um prefácio de um livro de bolso chamado memória - De J. Foster. Ao saber que era de Niestzche, claro que tive que conferir suas reflexões sobre o esquecimento. 

Niestzche refletiu sobre o esquecimento de forma muito original. Para o autor, pode-se ver o esquecimento como uma força contrária a capacidade de prometer. Vejamos : 


"Criar um animal que pode fazer promessas - não é esta a tarefa paradoxal que a natureza se impôs, com relação ao homem? Não é este o verdadeiro problema do homem?... O fato de que este problema esteja em grande parte resolvido deve parecer ainda mais notável para quem sabe apreciar plenamente a força que atua de modo contrário, a do esquecimento".


Se interessou ? Tem muito mais sobre o tema lá no Genealogia da Moral, Segunda dissertação... Essa leitura vale a pena.

Abraços !